quarta-feira, 13 de abril de 2011

COBRAS

As cobras são classificadas na ordem Squamata e na subordem Serpentes, daí o nome serpente em português que se usa como sinônimo de cobra (no vernáculo, a subordem Serpentes é dos Ofídios). As primeiras serpentes provavelmente apareceram há 150 a 100 milhões de anos e diversificaram-se em diversas famílias ao decorrer da evolução. Já eram habitantes antigos da Terra quando o nosso ancestral direto, o Homo sapiens, apareceu no cenário da vida há 400 mil anos atrás.
A anatomia das cobras é caracterizada pela ausência total de pernas e braços e por um corpo extremamente longilíneo.
As cobras se dividem em peçonhentas e não peçonhentas.
Veja a seguir algumas diferenças entre elas.



VenenosasNão Venenosas

Cabeça chata, triangular, bem destacada.

Cabeça estreita, alongada, mal destacada.

Olhos pequenos, com pupila em fenda vertical e fosseta loreal entre os olhos e as narinas (quadradinho preto).

Olhos grandes, com pupila circular, fosseta lacrimal ausente.

Escamas do corpo alongadas, pontudas, imbricadas, com carena mediana, dando ao tato uma impressão de aspereza.

Escamas achatadas, sem carena, dando ao tato uma impressão de liso, escorregadio.

Cabeça com escamas pequenas semelhantes às do corpo.

Cabeça com placas em vez de escamas.

Cauda curta, afinada bruscamente.

Cauda longa, afinada gradualmente.

Quando perseguida, toma atitude de ataque, enrodilhando-se.

Quando perseguida, foge.




( Profº Dr. Györge Miklós bönh, dísponivel em: www.saudetotal.com.br)


No mundo todo existem, aproximadamente, 2500 espécies de serpentes. Destas, 250 são conhecidas no Brasil, das quais 70 são consideradas peçonhentas e pertencentes a dois grupos, Crotalíneos e Elapíneos, e quatro gêneros, Bothrops, Crotalus, Lachesis e Micrurus sendo responsáveis por cerca de 20 mil vítimas por ano.



CROTALÌNEOS

Este grupo apresenta as seguintes características:
Fosseta loreal, ou seja, um buraco entre o olho e a narina em cada lado da cabeça, que serve para a cobra perceber modificações de temperatura a sua frente. Por isso elas podem se movimentar e caçar a noite, mesmo sem a visão normal. É chamada, também, de cobra-de-quatro-ventas; Cabeça triangular recoberta com escamas pequenas; Dentes inoculadores de veneno, grandes, pontiagudos, móveis e ocos, lembrando agulhas de injeção, situados na frente da boca. Quando a cobra está em repouso, estes dentes permanecem deitados recobertos por membranas dando aparência de estar sem dentes; Parte superior do corpo recoberta por escamas sem brilho, em forma de quilha, isto é, como bico de barco ou casca de arroz; Caudas diferenciadas para cada gênero que constitui este grupo, ou seja, cauda lisa (jararacas), cauda com guizo ou chocalho (cascavel) e cauda com escamas arrepiadas no final (surucucu).

Elapíneos - Corais Verdadeiras


Não apresenta fosseta loreal; Cabeça arredondada recoberta com escamas grandes, placas; Dentes inoculadores de veneno pequenos e fixos situados no maxilar superior na frente da boca; Quando em perigo, algumas achatam a parte posterior do corpo, levantam e enrolam a cauda, como rabo de porco, dando impressão que se trata da cabeça; Corpo recoberto na parte superior por escamas lisas e brilhantes, com anéis pretos, vermelhos e brancos. No entanto, existem na Amazônia algumas corais verdadeiras que não possuem anéis e têm a cor marrom escura ou preta, às vezes com manchas avermelhadas na barriga.

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