A anatomia das cobras é caracterizada pela ausência total de pernas e braços e por um corpo extremamente longilíneo.
As cobras se dividem em peçonhentas e não peçonhentas.
Veja a seguir algumas diferenças entre elas.
Venenosas | Não Venenosas |
Cabeça chata, triangular, bem destacada. | Cabeça estreita, alongada, mal destacada. |
Olhos pequenos, com pupila em fenda vertical e fosseta loreal entre os olhos e as narinas (quadradinho preto). | Olhos grandes, com pupila circular, fosseta lacrimal ausente. |
Escamas do corpo alongadas, pontudas, imbricadas, com carena mediana, dando ao tato uma impressão de aspereza. | Escamas achatadas, sem carena, dando ao tato uma impressão de liso, escorregadio. |
Cabeça com escamas pequenas semelhantes às do corpo. | Cabeça com placas em vez de escamas. |
Cauda curta, afinada bruscamente. | Cauda longa, afinada gradualmente. |
Quando perseguida, toma atitude de ataque, enrodilhando-se. | Quando perseguida, foge. |
( Profº Dr. Györge Miklós bönh, dísponivel em: www.saudetotal.com.br)
No mundo todo existem, aproximadamente, 2500 espécies de serpentes. Destas, 250 são conhecidas no Brasil, das quais 70 são consideradas peçonhentas e pertencentes a dois grupos, Crotalíneos e Elapíneos, e quatro gêneros, Bothrops, Crotalus, Lachesis e Micrurus sendo responsáveis por cerca de 20 mil vítimas por ano.
CROTALÌNEOS
Este grupo apresenta as seguintes características:
Fosseta loreal, ou seja, um buraco entre o olho e a narina em cada lado da cabeça, que serve para a cobra perceber modificações de temperatura a sua frente. Por isso elas podem se movimentar e caçar a noite, mesmo sem a visão normal. É chamada, também, de cobra-de-quatro-ventas; Cabeça triangular recoberta com escamas pequenas; Dentes inoculadores de veneno, grandes, pontiagudos, móveis e ocos, lembrando agulhas de injeção, situados na frente da boca. Quando a cobra está em repouso, estes dentes permanecem deitados recobertos por membranas dando aparência de estar sem dentes; Parte superior do corpo recoberta por escamas sem brilho, em forma de quilha, isto é, como bico de barco ou casca de arroz; Caudas diferenciadas para cada gênero que constitui este grupo, ou seja, cauda lisa (jararacas), cauda com guizo ou chocalho (cascavel) e cauda com escamas arrepiadas no final (surucucu).
Elapíneos - Corais Verdadeiras
Não apresenta fosseta loreal; Cabeça arredondada recoberta com escamas grandes, placas; Dentes inoculadores de veneno pequenos e fixos situados no maxilar superior na frente da boca; Quando em perigo, algumas achatam a parte posterior do corpo, levantam e enrolam a cauda, como rabo de porco, dando impressão que se trata da cabeça; Corpo recoberto na parte superior por escamas lisas e brilhantes, com anéis pretos, vermelhos e brancos. No entanto, existem na Amazônia algumas corais verdadeiras que não possuem anéis e têm a cor marrom escura ou preta, às vezes com manchas avermelhadas na barriga.
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